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Substitutos ósseos sintéticos para regeneração tecidual

By 5 de fevereiro de 2021 agosto 2nd, 2021 No Comments

A busca incessante por inovação na área da saúde, no que concerne tanto inovações de processos tecnológicos quanto novas abordagens terapêuticas, têm resultado na rápida expansão do mercado de substituto ósseos sintéticos. Atualmente, os substitutos ósseos sintéticos têm ganhado maior destaque para abordagens terapêuticas em regeneração tecidual, principalmente em relação aos outros substitutos de enxertos ósseos (homógenos e heterógenos). Os sintéticos vêm crescendo à medida que exigências regulatórias aumentaram para o uso destes tipos enxertos. O mercado para os substitutos de enxertos ósseos sintéticos deve crescer a uma taxa anual de 20,2% até 2023.

Os enxertos ósseos são classificados de acordo com a sua origem, como autógenos, homógenos, heterógenos ou aloplásticos (sintéticos). Embora, os enxertos autógenos (tecido do próprio paciente) serem considerados pelos profissionais da saúde como “padrão-ouro”, muitas vezes o tecido para enxertia disponível é escasso, o procedimento é dispendioso e pode haver significativa morbidade local associada à dor, infecção e hematoma. Já os enxertos homógenos (enxerto da mesma espécie) e heterógenos (enxerto de outras espécies, como de origem bovina e suína) podem apresentar a possibilidade de transmissão de doenças infectocontagiosas e uma resposta imunológica mais pronunciada, além de levantar questões éticas e religiosas. Contudo, essas limitações ressaltam cada vez mais a necessidade de desenvolvimento de novos biomateriais sintéticos para suprir a crescente demanda do mercado, visto que, este tipo de biomaterial atende a todas as desvantagens dos tipos de enxertos relacionados acima.

Mas o que são biomateriais sintéticos?

Entende-se por biomaterial sintético qualquer substância ou combinação de substâncias produzidas em laboratório, que não sejam drogas ou fármacos, as quais interagem diretamente com sistemas biológicos. Os biomateriais sintéticos utilizados como enxertos ou substitutos do tecido ósseo devem possuir características específicas como biocompatibilidade, bioatividade, degradabilidade/reabsorção e osteocondução (capacidade de agir como transportador/guia para as células ósseas (osteoblastos) migrarem até o local a ser reparado. Um dos maiores desafios atuais da engenharia tecidual é o desenvolvimento de biomateriais de qualidade em escala industrial, e tudo indica que o segredo para o sucesso nesse cenário é a inovação.

Existem diversos tipos de biomateriais, substitutos ósseos sintéticos, já comercializados, eles variam não somente quanto a origem, como também quanto a composição química (metálicos, cerâmicos ou poliméricos) e a forma de apresentação (blocos, grânulos, injetáveis, esponjas porosas e outros). Os biomateriais a base de biocerâmicas se destacam como substitutos sintéticos devido à semelhança estrutural a porção inorgânica do osso humano, além das excelentes propriedades biológicas e físico-químicas. Além destes enxertos aloplásticos apresentarem vantagens da não necessidade de um local/tecido doador, ampla oferta, e inexistência do risco de transmissão de doenças infectocontagiosas.

Os principais biomateriais cerâmicos usados para enxertia óssea são a hidroxiapatita (HA) e o b-fosfato de tricálcio (b-TCP). São largamente empregados na ortopedia e odontologia em reconstrução ou regeneração de defeitos ósseos. Eles exercem a função de matriz tanto para o aumento de volume e reconstrução do tecido ósseo quanto para a manutenção do espaço do defeito, e gradualmente são substituídos pelo osso neoformado.

As novas tecnologias em favor de produção de biomateriais cerâmicos sintéticos tornaram possível controlar o tamanho dos poros, a porosidade e a geometria, fabricando modelos porosos com alta precisão. A porosidade é fundamental para o crescimento do tecido ósseo e exerce influência sobre a taxa de reabsorção da cerâmica. Quanto melhor a reabsorção, melhor a integração do enxerto ao leito receptor.

E como são feitos os biomateriais sintéticos Plenum?

Os profissionais Plenum utilizam o Design Thinking como abordagem para criação de soluções inovadoras no planejamento e desenvolvimento, buscando sempre conciliar criatividade, qualidade e alta tecnologia.

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